Do blog de Moacir Oliveira (http://www.moampb.blogspot.com/)
Moacir: Quais foram as suas influências musicais? De que água você bebe?
Djavan: Eu bebi de todos os rios que encontrei à minha frente, sempre respirei música.
Eu nasci numa família muito cantante. Em casa aquela coisa de passar o dia cantando fazendo o trabalho da casa,fui criado neste clima.
Eu me criei assim, sou uma pessoa muito observadora, sempre tive a música no sangue, nunca fiz outra coisa na minha vida.
No Nordeste, em Maceió, onde foi a região que eu nasci, o que predominava era a música nordestina através de Luís Gonzaga, por exemplo, que é talvez a minha maior cama. Jackson do Pandeiro e Dorival Caimmy.
Depois vieram bossa nova, jazz, clássico, Nelson Gonçalves, Ângela Maria e Beatles.
Eu tive uma formação musical muito diversificada, eu caí por todos os caminhos. Eu acho que a música tem que ser uma coisa abrangente, sem mistérios, sem segredos e a minha formação foi sempre assim muito diversificada.
Depois que descobri a África foi uma coisa ¨mimosissíma¨. Pude observar o quanto tinha de identidade. O quanto conheci naqueles cantos africanos através do que minha mãe cantava. Minha mãe também fazia música para ninar os filhos, aquela coisa bem carinhosa do nordeste.
Quer dizer que a minha formação musical é essa, uma coisa bem heterogênea.
Moacir: A poesia é sempre muito marcante, muito forte no seu trabalho. De onde vieram as influências literárias?
Djavan: Primeiro tem como base uma grande formação de cordel. Porque como nordestino que sou é infalível. O cordel está presente nas feiras, nas festas, etc. Depois vieram os grandes poetas como Drumond, José Lins do Rego, Bandeira, Pablo Neruda. Depois fui conhecendo os poetas europeus.
O Drumond, talvez, seja o poeta que mais me fascina. Tem uma mulher que me fascina muito, que é a Adélia Prado, uma poeta mineira, fantástica. Leio muita poesia, é minha leitura preferida.
Texto de entrevista inédita realizada em 1986, por Moacir Oliveira.
Moacir: Quais foram as suas influências musicais? De que água você bebe?
Djavan: Eu bebi de todos os rios que encontrei à minha frente, sempre respirei música.
Eu nasci numa família muito cantante. Em casa aquela coisa de passar o dia cantando fazendo o trabalho da casa,fui criado neste clima.
Eu me criei assim, sou uma pessoa muito observadora, sempre tive a música no sangue, nunca fiz outra coisa na minha vida.
No Nordeste, em Maceió, onde foi a região que eu nasci, o que predominava era a música nordestina através de Luís Gonzaga, por exemplo, que é talvez a minha maior cama. Jackson do Pandeiro e Dorival Caimmy.
Depois vieram bossa nova, jazz, clássico, Nelson Gonçalves, Ângela Maria e Beatles.
Eu tive uma formação musical muito diversificada, eu caí por todos os caminhos. Eu acho que a música tem que ser uma coisa abrangente, sem mistérios, sem segredos e a minha formação foi sempre assim muito diversificada.
Depois que descobri a África foi uma coisa ¨mimosissíma¨. Pude observar o quanto tinha de identidade. O quanto conheci naqueles cantos africanos através do que minha mãe cantava. Minha mãe também fazia música para ninar os filhos, aquela coisa bem carinhosa do nordeste.
Quer dizer que a minha formação musical é essa, uma coisa bem heterogênea.
Moacir: A poesia é sempre muito marcante, muito forte no seu trabalho. De onde vieram as influências literárias?
Djavan: Primeiro tem como base uma grande formação de cordel. Porque como nordestino que sou é infalível. O cordel está presente nas feiras, nas festas, etc. Depois vieram os grandes poetas como Drumond, José Lins do Rego, Bandeira, Pablo Neruda. Depois fui conhecendo os poetas europeus.
O Drumond, talvez, seja o poeta que mais me fascina. Tem uma mulher que me fascina muito, que é a Adélia Prado, uma poeta mineira, fantástica. Leio muita poesia, é minha leitura preferida.
Texto de entrevista inédita realizada em 1986, por Moacir Oliveira.
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